
Campanha de Vacinação nas Américas chega ao fim com foco em populações vulneráveis
A ação que é coordenada pela OPAS busca acelerar a erradicação de mais de 30 doenças transmissíveis até 2030
Texto: Marina Sousa | Arte: Mailson Diaz
Terminou no dia 3 de maio a 23ª edição da Semana de Vacinação nas Américas (SVA), uma das maiores mobilizações de saúde pública da região, promovida pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) com o apoio de governos, instituições e organizações da sociedade civil.
Criada em 2003 como resposta a um surto de sarampo na fronteira entre Colômbia e Venezuela, a SVA tem como objetivo ampliar o acesso à imunização em todo o continente, especialmente entre populações historicamente excluídas, como indígenas, migrantes, moradores de zonas rurais e regiões periféricas. Em 2024, mais de 40 países e territórios participaram da campanha, que resultou na aplicação de mais de 65 milhões de vacinas.
Neste ano, a SVA esteve alinhada à Iniciativa de Eliminação da OPAS, que busca acelerar a erradicação de mais de 30 doenças transmissíveis até 2030 — sendo 11 delas preveníveis por vacinas, como poliomielite, sarampo, rubéola, HPV e tétano neonatal. Dentre as prioridades da campanha estiveram a vacinação contra a gripe sazonal, com previsão de aplicação de mais de 28 milhões de doses, a continuidade da imunização contra a COVID-19 e o combate ao avanço do sarampo, que voltou a registrar aumento expressivo de casos em 2025.
Outro foco importante foi o combate ao câncer do colo do útero, com a previsão de distribuição de 17,8 milhões de doses da vacina contra o HPV para meninas e meninos. Apesar dos avanços, os desafios persistem: mais de 1,3 milhão de crianças menores de um ano ainda não receberam nenhuma dose de vacina, e milhões não completaram seus esquemas vacinais básicos.
O Centro de Excelência em Tecnologia e Inovação em Saúde UFG (Ceti-Sáude) apoia ações educativas e incentivo à vacinação. De acordo com a OPAS, com o encerramento da campanha, a meta segue sendo atingir 95% de cobertura vacinal para todos os imunizantes em todos os distritos, como forma de garantir proteção coletiva e prevenir o retorno de doenças já controladas na região.
Fonte: Assessoria de Comunicação Ceti-Saúde
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